domingo, 22 de novembro de 2009

Descrença

Acreditar no que o impossível se torne possível
Sonhar irrealidades
Crer no infrutífero
Viver cada momento a ferro e fogo
Com o coração na ponta da navalha
Por ser tão simplório
Em acreditar que o amor exista
Me machuco
Me esfolo
Me contorço com as dores do peito queimando
Com o fogo que guardo no peito.

Ao acreditar no descrente
Perco-me na estrada da vida
A mercê do meu coração cheio de fogo e duvidas.

Olhando para o infinito breu da estrelas
Acho uma resposta a qual satisfaz minha alma , mente e coração....
Não fui feito para me aquecer com o furor do amor
Fui feito de aço duro como rocha
Com o ódio incrustado nas raízes dos ossos
Com uma sede por sangue nos lábios
Para me tornar um com a mãe guerra
E dela me deleitar com os prazeres e horrores da violência.

Todos nascemos puros e virginais
Mais minha mente sempre fora mais turbulenta
Com pensamentos a mim , visionários..
Ao mundo , exacerbados....
Cresci... e com uma imagem pura e virginal
Mais ao seio , o coração me queimava como uma flama incessante
Tenho a maior das mascaras
E a tenho para proteger a quem tenho próximo
Mais a vida me fez retirar, ocasionalmente esta mascara
E com isso vi a minha outra face
Cheia de loucura e ódio
Louco por sangue
Correndo sem correntes nas ruas escuras
Sem que o limites seja impostos
Ao ver sangue entre os lábios
Deleito-me
Finalmente minha alma estava liberta
Mais a que custo ?
A minha família em um fogo cruzado arriscado
Sem que eu tenha noção do perigo
O ver o sangue no rosto do meu pai em lágrimas
Desisti de ser quem eu sou realmente eu
E criei esta mascara a qual tenho tanta repulsa
Viver em paz
Sem sangue e ossos ao meu lado
Fiquei fraco
Sem vida
Em corpo , mente e espírito
Deixei-me levar pelas ondas desta realidade enfadonha
Me fizeram crer que eu podia me salvar com amor....
Como eles estavam redondamente enganados
Enganei a todos
E fui enganado pelo amor
não passou de um reles momento frágil
no qual o meu fogo achou que tinha se reacendido
mas na verdade fora uma traque de um bufão sem habilidade
perdi tudo depois disso
Perdi o ódio que me alimentava
Perdi a esperança de adquirir a incumbência de viver dias pacíficos
E perdi o que mais era me caro.....
Minha flama , tanto a chama da loucura incandescente chamada ódio
Quanto o suculento e acolhedor rastilho de pólvora chamado amor
Nada mais me aquece o peito
Nada ....
Vivo incontáveis dias em mercê do limbo
Sem nada a fazer
Com os pensamentos queimando o meu crânio
E sem soluções para os meus paradigmas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário