sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

De Volta As Trevas

A vergonha do passado
Me fez o homem que eu sou hoje
Amadurecido e sereno
Mais tão infeliz por dentro
Sem uma razão final para viver mais esse dia.

Aquela vida passada
Em sua conturbada e maníaca energia
Fazia-me viver tão intensamente
A cada segundo , a cada respiro
A cada gota de suor e sangue
Ossos se quebrando
Valentia ou covardia
Bater, correr e sangrar
Nada mais,
Nossos ódios maior que as nossas almas,
A vingança saindo pelos poros
E a nossa carne sendo acariciada com paus e pedras
Mada mais importava
A nossa alma se aplacava de tanta dor
E sentíamos libertos
E não na gaiola de pesares que vivo hoje.

Mais ao viver esse inferno passado
A liberdade tem o seu amargo preço
A base de sangue e carne
De muitas batalhas lutadas
Ao olhar para o passado
Vejo as pessoas que eu machuquei
E mais entro em um denso abismo do qual eu nunca sai
A liberdade nunca existiu
Ontem eu era escravo da raiva
Infligidor de dor e agonia
E torturador de mentes
Hoje
Eu sou torturado pela vergonha do meu passado
Pelas dores dos infligidos
E pela dor de estar preso nesse inferno.

Não quero voltar a esse gélido momento
Mais as forças abismais da loucura
Fazem- me os contorcer me de dor
E perder o sentidos
Esta ficando a cada passo dado
Infinitamente mais difícil
Manter a bondade no coração e viver esses enfermos dias
Me auto-mutilando
Em resposta a esse passado de dor e ódio
Ao fazer um sorriso
Um gesto de carinho
Valia-me o dia
Hoje .....
Nada mais sei
Me perdi mais ainda
Por que não sei o que eu sou
Se sou um ser tomado pelas trevas
Que hora inflige dor
Ou se pune com ela
Sem saber o que eu sou
Hoje , ontem , sempre
Continuo a minha jornada sem resposta
Nessa selva de pedra
Entre as luzes e as trevas

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